quarta-feira, dezembro 14, 2005

Comunicado de imprensa da Assembleia da Mocidade Independentista (AMI)

20 de Novembro de 2005

Ante os factos acontecidos na última semana da AMI queremos manifestar:
1.- Na passada segunda-feira 14 de Novembro dez pessoas fôrom detidas em várias cidades do País pola Guardia Civil, acusadas de associaçom ilícita, apologia do terrorismo e danos, sendo transferidas à Dirección General de la Guardia Civil em Madrid, para passar a disposiçom judicial da Audiencia Nacional de Espanha. Toda esta operaçom levou-se a cabo com um espectacular emprego de meios policiais, em que se procedeu ao registo e saqueio de nove vivendas pessoais, três locais sociais e o local nacional da AMI e os centros de trabalho de alguns dos detidos. Na denominada operaçom Castinheira a Guardia Civil roubou nas nossas casas todo o tipo de material, dinheiro, computadores, objectos pessoais, até umha máquina de serigrafar, incluindo as pertenças de pessoas com as que @s militantes compartilhavam casa. Aliás, fôrom saqueados os LS Revolta, Esmorga e Gentalha do Pichel, substrazendo neles material de todo o tipo também, utilizado para a realizaçom da sua actividade cultural (projectores, computadores, dinheiro, camisolas…). Por último, foi saqueado o Local Nacional da AMI, onde a GC roubou toda a infraestrutura da organizaçom, incluido o arquivo onde se recolhiam os dez anos de actividade e história da Assembleia.Na quarta-feira dia 16, as dez pessoas detidas fomos postas em liberdade sem cargos após declararmos perante o juíz na Audiencia Nacional. Até o dia de hoje nom temos conhecimento algum de se recuperaremos as nossas cousas.


2.- Baixo o nosso ponto de vista estamos perante umha clara detençom política que visa para:

- Recolher informaçom sobre o Independentismo Revolucionário com a intençom de fundamentar futuras operaçons contra a expressom mais consequente e combativa do País.

- Danar a infraestrutura da nossa organizaçom e estigmatizar a nossa actividade política com o intuito de criminalizar-nos de cara a opiniom pública. A agressom sofrida polos Centros Sociais topa-se nas mesmas coordenadas, umha vez que @s independentistas detid@s fam parte dos projectos de que falamos, onde a auto-organizaçom popular e a defesa da Terra som parte da sua vida quotidiana.
Da AMI valorizamos que esta operaçom policial nom está focada face a ilegalizaçom da organizaçom, umha vez que os objectivos anteriormente assinalados falam a respeito da intençom da Polícia no momento da nossa detençom. Queremos apontar que provavelmente futuros golpes repressivos nom serám tam circenses nem espectaculares, mas a solidariedade exprimida durante a nossa detençom tem de ser a mesma.


3.- Embora estejamos na rua, nom devemos valorizar a operaçom como um fracasso. A AMI, a dia de hoje, nom é umha organizaçom ilegal, tem direito a levar avante o seu trabalho político, mas na prática com este tipo de golpes repressivos a nossa organizaçom fica de facto impossibilitada para realizar o seu trabalho, com o qual se viu cumprido um dos objectivos principais da operaçom Castinheira.


4.- Como nos têm acostumad@s os meios de comunicaçom actuárom de jeito cúmplice com as forças repressivas, manipulando e intoxicando com informaçons falsas e afirmaçons arbitrárias a respeito da nossa organizaçom e as pessoas detidas. O clima que gerárom na opiniom pública contribuiu para aumentar a pressom sobre o nosso contorno (familiar, laboral,…)


5.- Contra a Espanha encarapuçada, ladrona, criminal, surgiu umha Galiza que se indigna. Fôrom muitas nestes dias as expressons de solidariedade recebidas, tanto a nível individual, quanto a nível colectivo, desde organizaçons sindicais, juvenis, ambientalistas, culturais, políticas, etc. Mençom especial tem que ter entre as nossas palavras a atitude exemplar daquelas pessoas e colectivos que para além das palavras achegárom a força dos seus braços onde fizo falta. Falamos de Ceivar, FAG, C. A. O Piloto e o conjunto dos Locais Sociais da Galiza. Obrigados e obrigadas a todas e todos.


6.- A repressom nem nos fai nem nos fará calar. Nem deter-nos no nosso caminho, nem retrocedermos nas nossas conviçons. Sabemos que a repressom é consubstancial à nossa luita, umha vez que o avanço das nossas posiçons levará parelho este elemento. Que o inimigo espanhol nom acredite em que lhe temos medo, estamos dispost@s a seguir trabalhando como até o de agora, se calhar com mais força, pola nossa independência.


ANTES MORT@S QUE ESCRAV@S!!VIVA GALIZA CEIVE E SOCIALISTA!!

Sem comentários: